Já houve um tempo em que astros de cinema eram venerados como se fossem deuses.

A "plebe", as pessoas comuns/povão olhavam pra TODOS eles (inclusive os da TV) como se fossem Deuses do Olimpo.

E a confusão com o real e imaginário era tamanha que vilões de novelas (homens ou mulheres) até apanhavam e eram hostilizados na rua.

Nos EUA eles eram tidos como se fossem "personificações" do sonho americano. De ideais, virtudes, de um mundo idílico/utópico, de arquitetos de "sonhos de uma noite de verão", devaneios, escapismo no bom sentido.

Havia todo um glamour, um refinamento, uma sensação que eles eram de um universo paralelo, maiores que o mundo banal/ordinário do dia-a-dia, maçante, tedioso e "pobre".

E antes do advento das redes sociais e onipresença dessas tecnologias, eram tidos como "entidades" remotas, como se pertencessem a um universo paralelo, outra dimensão, intocáveis, intangíveis.

Os personagens desses ATORES eram inspiradores, mas fora do alcance do povão.

Isso ajudava na construção das carreiras desses atores, se criar e manter toda uma "aura" de que ou eram quase sacrossantos/perfeitos, ou fod0es, maiores que todo o resto do populacho, a despeito de todas as controvérsias.

A pergunta que fica é: o que se tornaram os artistas (e aí não incluo apenas cinema e TV) hoje? Vou até listar como são vistos e se apresentam na modernidade:

  • Patéticos
  • Datados
  • Piadas sem graça, memes baratos de internet, hoje se faz troça, se ataca gratuitamente os mesmos, e uma das razões para hostilidade contra os astros é:

Pelas pueris e atrapalhadas tentativas deles de arrotar/pregar virtudes, caráter, moral, de quererem se "aproximar" do mesmo espectador que obviamente desprezam como se ELES fossem sacerdotes olhando para a casta mais baixa, querem obter "favores" iguaizinhos a políticos em época de eleição, que comem pastel, abraçam bebês e se enfiam na favela, para parecerem que são "gente como a gente".

O que as redes sociais e tanta proximidade trouxe foi evidenciar as falhas de toda espécie das belezinhas. As inseguranças e problemas dos mais variados, como brigas domésticas, agora são divulgados e conhecidos por TODOS. As posições políticas, idem.

Enfim, a exposição de um ator de Hollywood se compararmos como era 30, 40 anos atrás com hoje, é radicalmente diferente. E não é que eles não apareciam antes, é que também hoje está a distância de um clique do Youtube você conferir uma entrevista num talk show de palhaços que pretendem ser articulados, bem informados/cultos, em prol da sociedade, mas que dão faniquitos quando você os confronta de verdade.

E não só desse meio, cantoras multimulionárias tipo Madonna que se filmam na banheira e tentam passar a impressão que são que nem o trabalhador paupérrimo que mal pode escolher entre aquecer a banheira pra imitá-la e o café de cada dia, ou então Gal Gadot e outros idiotas cantando "IMAGINE" de John Lennon (música favorita dos canhotos que vivem no mundo da Lua) quando tem gente aí que nem o luxo de uma casa pra morar tem.

A J.. Rowling é uma outra "canhota" (esquerdinha) que passou anos apoiando loucos trans, e agora finge estar em "guerra" com eles (é só pesquisar as posições políticas de tweets antigos dela, como um de 2020 em que diz que "ama" esse pessoal).

Tem o CUCK SMITH afetadinho por causa de uma piada...

Daria pra citar zilhões de exemplos de "celebridades" que são embaraçosas na frente do público. E olhem que nem entrei no mérito de troços muito piores como envolvimento com tipos iguais a Harvey Weinstein. Ou Allison Mack, de Smallville, que atualmente está presa...

O culto as celebridades está morrendo atualmente. O que seria até inevitável, pois o mundo mudou, assim como a forma que se enxerga ricos e famosos. Nos anos 1990 e 2000 não havia rede social e eles estariam bem menos acessíveis que hoje.

Quando apareciam, era em entrevistas cuidadosamente selecionadas, até mesmo com um script pra que soubessem o que falar diante das câmeras. Os entrevistadores não eram um drogado de QI de ameba tipo o Monark, e sim conhecidos/amigos dos astros, e os programas iriam pra rede nacional de TV.

Rolava até contrato para que se esquivassem de perguntas difíceis e controversas.

Ainda assim havia espaço pra polêmicas, como a do Sean Connery sobre como lidar com mulheres mais chatas, que era melhor dar um tapa de mão aberta que fechada (disse isso em 1965 e confirmou 20 anos depois - falou que não apoia violência, mas dependendo da circunstância valeria um tapa se todo o resto falhasse, e que essa reação pra conter a parceira não seria igual se fosse um homem no lugar).

Mas esse pessoal que se destacava no meio, no sentido de "causar", como Oliver Reed, que vivia bebaço, ou Marlon Brando enviando a índia pra recusar o Oscar em 1973 era a exceção.

E mais: eram criticados de imediato como inconvenientes, gente sem refinamento, "bruta", inapropriada, desqualificada...

Eram sempre mal vistos, e não "normalizados". Porque quem estivesse sempre sóbrio saberia "seguir o script" até em público, respondendo perguntas previsíveis sobre as carreiras e promovendo o que tivessem de promover no meio dos programas e talk shows.

E, lógico, não se metiam em controvérsias políticas, em tretas de qualquer espécie. Marlon Brando e outros abraçando esses tipos de causas teriam repercussões sérias na carreira deles.

Hoje é o contrário: se vc não se posicionar, se não se mostrar um "animal político", imediatamente TODOS (especialmente o FELIPE RETO) enfiarão o dedo na sua cara.

Em suma: havia um muro entre os astros de cinema e o povão, a ponto de não sabermos o que se passava na cabecinha oca dos atores. Não sabíamos como era o dia-a-dia deles, ou o que se passava nos bastidores. As opiniões deles sobre tudo. Não eram vistos muito além das obras de ficção.

Se desviando do "roteiro".

Aí veio o Twitter, e de repente deu pra interagir diretamente com os "fãs".

Do conforto de casa, começaram a vomitar opiniões de toda espécie. Sem preparo, sem ensaio, sem filtro, sem nenhum cuidado, veio toda sorte de lixo que daria tilt até na inteligência artificial do jogo METAL GEAR SOLID 2, de 2001.

Todo mundo começou a receber doses diárias de dopamina, com likes, retweets, views, monetização/doação e a tranqueira toda.

Todos eles pensaram, enquanto tomavam um copo de leite de soja: com o KU aqui na cadeira da mansão, só pelo smartphone posso capitalizar em cima da minha imerecida fama, porque uma legião de idiotas irão me adorar no matter what, ou odiar (o que no fim das contas dá no mesmo, pois só a indiferença/desapego é que afetaria alguém, incluindo empresas, é o velho "falem mal, mas falem de mim").

Não vou mais ter de passar por entrevistas tediosas, ensaiadas, pelas mesmas perguntas e fãs bobocas. Vou começar a tagarelar sobre qualquer merda e ser encarado como "suprassumo, figura quintessencial, suco doce das ideias...".

Tal como uma formiga que até se afoga num pote de água pra alcançar o mel (pra elas é mais que um diamante...), vou buscar pela gratificação instantânea (como imediatista que hoje todos são), por aquela massagenzinha no meu ego frágil, pelo att-whorismo constante.

E, de repente, os "adultos que fingem serem o que não são" estavam dando opiniões, pitacos, palpites sobre tudo, da política diária a problemas sociais, economia, até sobre a criação do Universo...

Tudo pra sequestrar a atenção do povo e torná-los mais "dignos" de serem elogiados.

E pra tanto rola de tudo, como fotos da própria casa, do que comem, dos pets... posando sem maquiagem ou uma equipe os preparando... pra que pareçam mais "gente como a gente".

Tudo seria perfeito se não fosse um mero detalhe nessa patacoada toda:

A maioria dos artistas são completos imbecis.

Frívolos/superficiais, narcisistas, com educação/conhecimentos mais rasos que um pires.

Não tem problema vc ser rico e famoso. Mas a maioria dos privilegiados estão desconectados da realidade. Um cara como Keanu Reeves, que já ajudou quem precisava e não pediu nada em troca, que interage de boa com o pessoal quando encontrado no meio da rua, é a exceção da exceção.

O restante são drogados vagabundos, impulsivos, viadinhos de mente (e mentalidade) que não aguentaria um peteleco, e desmoronaria. Como se diz por aí, quando o sujeito não serve pra nada, é um desqualificado/ignorante TOTAL, ou ele vira político, ou vai pro show business.

É incrível como os mais mongóis são os que mais vociferam as próprias opiniões sobre tudo.

Meu filho, sua "carreira" inteira foi feita por meio de palavras escritas POR OUTRAS PESSOAS, toda sua vida foi cercada de ricaços que massageavam seu ego o tempo todo (ou no caso de mulheres, testes do sofá, pra justificar tanta draga chegando onde chegaram).

Os astros nunca tiveram dedos enfiados na cara, questionando/contestando as visões de mundo deles, todo o mar de asneiras que vomitam diariamente.

Por isso se tornaram mimadinhos. E quando não existe incentivo pras pessoas se tornarem mais espertas ou bem informadas, adivinhem o que acontece?

Elas não evoluem. Pelo contrário: tudo INVOLUI, regride cada vez mais. Não só a escola, quem é enfiado na indústria do entretenimento.

Por isso que o exemplo da desqualificada Lily Gao fazendo a dublagem de ADA WONG no RE 4 REMAKE personifica o que é a cultura WOKE.

E por que se vitimizar, martirizar, mesmo vc sendo um b0sta, não pega nada hoje.

No fim das contas, as pessoas apenas acenam/concordam com o que os palhaços do mundo do cinema, com a "beautiful people" do show-biz, dizem. Sim, sr., sim, senhora, e devagarzinho, a cada nova geração, mais retardados, idiotas e cretinos se proliferam.

Se tem a (falsa) impressão de que eles são de uma casta superior, logo o que dizem só pode ser verdade. O véio fumeta 20 anos atrás também comentava a esse respeito, no artigo "Casos pessoais":

https://olavodecarvalho.org/casos-pessoais/

Olhem esse trechinho:


Um sintoma da baixeza moral da sociedade moderna é a autoridade quase sacerdotal que nela desfrutam certos tipos aos quais todas as demais culturas, sem exceção, reservavam o último lugar na escala da respeitabilidade pública.

Refiro-me, em especial, à turma do show business: atores, atrizes, roqueiros, locutores, sambistas, modelos.

Para um partido político, o apoio dessas criaturas é uma garantia de aprovação popular, uma fiança dada em nome da inteligência e da cultura aos chavões da retórica partidária.


E esse:


Embora um ator possa ser algo mais que ator, possa ser um artista em sentido pleno e até um pensador como o foram Stanislavski, Jouvet ou o nosso Eugênio Kusnet, em geral o estofo intelectual do ator fica muito abaixo disso e as únicas habilidades requeridas para o bem sucedido exercício da sua profissão residem no talento mimético e na expressividade física, dons pueris que raiam a animalidade.

Dificilmente a opinião de um indivíduo desses terá algum valor especial. Por que ouvi-lo, então, sobre as questões mais altas e difíceis, sobre o destino da humanidade, a guerra e a paz, a religião e a moral?

Não faz o menor sentido, mas tornou-se um hábito tão geral e disseminado que já ninguém contesta a autoridade insigne dos pop stars.


Estão todos protegidos na chamada "eco-chamber" (câmara de eco, que eu prefiro chamar de "BOLHA") de Hollywood. Justamente por isso que quando emitem opiniões, nunca param pra ver como se portam como seres completamente estúpidos.

E não é como se na internet o QI de todo mundo fosse de um Einstein, e só eles fossem assim. A diferença é que a idosa que repete o que leu em grupo do ZAP-ZAP não é uma "figura pública" e tem uma casca para proteger e cuidar, se eu chegar aqui e falar qualquer bobagem não terei milhões de leitores para reagir.

Ou a imprensa marrom doidinha para se agarrar no próximo escândalo, e destruir a minha imagem, construída por muitos anos. Não terei paparazzis na minha cola, me perseguindo por aí na busca de um "clique" para uma notícia sensacionalista.

Já perceberam como o fato dos astros terem se tornado tão "chegados"/familiares a nós todo dia, cada vez mais os desprezamos? Porque vemos como de fato são?

Quanto mais "cortinas" são puxadas dessa indústria, mais vc nota que não são sujeitos particularmente destacados onde mais importaria... não são nada inteligentes, interessantes ou especiais por trás das câmeras.

Toda aquela mística do passado foi arruinada, e com ela a crença cega no "poder da fama".

Um filme que ilustra em parte esse meu ponto é, claro, O SHOW DE TRUMAN, de 1998. Já BOOGIE NIGHTS (da mesma época, 1997) como Hollywood realmente é.

A internet também criou celebridades que nem precisam estar dentro dessa máquina, ou terem outros que construam a imagem delas, como marqueteiros e "agentes" que todo ator tem. Só foi preciso uma câmera.

É curioso como as pessoas respondem melhor a gente "apaixonada" pelo que faz, desde que os influenciadores não sejam engomadinhos que são escravos de grandes empresas como a Disney, sem alma, sem escrúpulos (como essa de querer apoiar que nas escolas enfiem educação sexual, motivo das tretas na Flórida).

Hoje o entretenimento não está mais elitizado e sufocante, e por isso a produção de conteúdo de todo tipo (alternativo) é bem mais possível. Só ver a indústria da música, que era dominada até coisa de 20 anos por alguns poucos e só alguns nomes escolhidos a dedo eram destacados, no rádio, TV, e vendas de discos (em que ficava a maior parte pras gravadoras).

Hoje até a banda do interior pode ganhar a mesma projeção, faturar bem e fazer (merecidamente) mais sucesso.

Por outro lado, o fato de hoje qualquer zé mané ou vadia poder conquistar fama e sucesso também foi negativo, porque se ninguém é especial/destacado, então se aceita qualquer coisa.

Por exemplo, hoje vc não faz um filme se não enfiar CGI até no KU da alma, no gênero surrado de super-herói, que não podem custar menos de 200-300 milhões. Não há mais um equilíbrio dele e dos efeitos práticos.

O uso desmedido, pouco trabalhado, pensado e burro deste acabou empobrecendo o que se vê na tela, pois todo o resto foi deixado de lado e pode estar cagado como for (história, atuações, enfiar ideologias), que poucos ligam.

Por estarem tão expostos, os artistas acabam apelando para que se pareçam autênticos, só que isso expõe como são FAKES, incapazes de qualquer traço de autenticidade.

Evidente que nem todos se encaixam nesses moldes, alguns atores ainda permaneceram humildes, pé-no-chão e gratos por onde chegaram. Henry Cavill é um deles. Nem todos são ególatras e attention-whores.

Tem gente que faz o que faz porque de fato liga para imprimir uma boa atuação, entregar um bom filme. Alguns até ao custo da própria saúde. Alguns usaram a fama e riqueza para apoiar boas causas.

E jogar luz em problemas de fato relevantes. Alguns fazem doações sem nenhum alarde, pra instituições de caridade, nunca posando de gostosos, outros o tempo todo criam tretinhas no Twitter para lacrar, porque acham que o público liga para o esquerdismo deles.

O povo hoje em dia está mais atento para gentinha falsa e aproveitadora, e as rejeita de imediato.

O mundo está em transição e o conceito de "celebridade" está sendo superado, ser famoso hoje não é algo mais especial ou único. Nego normal pode ter as próprias ideias se tornando viralizadas do dia pra noite, com um tweet bem escrito, e ser um sujeito "pica" em Hollywood não torna esse pessoal a mesma coisa mais, pro indivíduo comum.

Claro que sempre haverá espaço pros artistas, e não tem nada de errado em ser fã deles.

Mas meu ponto é que o TRABALHO DELES é que importa, não todo o chorume atrelado aos mesmos. Os caras lidam com entretenimento, não pra posar de especialistas, filósofos/pensadores, líderes mundiais.

Divertir e distrair é o que sabem fazer, não estão na profissão de dar lição de moral, fazer bullying em ninguém, pra que se converta ao que pensem.

O ator Kurt Russel uma vez disse que

"não há motivos para alguém do meio dele aprender sobre qualquer assunto, não importa qual, tanto como todo mundo. Mas é uma pena que quando isso acontece, perdem o status de bobos da corte. E eu sou um bobo da corte, nasci pra fazer isso".

E esse é bom no que faz. O mesmo não se pode dizer da maioria que está aí hoje.

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Pub: 17 Apr 2023 20:14 UTC
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