Explorando a Análise Corporal de Wilhelm Reich: Uma Jornada de Cura e Liberdade Emocional

Seu Eu não consegue se impor diante da autoridade exterior, fazendo um papel masoquista de submissão. Enquanto os indivíduos mais “fracos” se submetem a essa obediência amorosa à autoridade dos pais, o subtipo “forte” (chamado de contra-fóbico) vai se defender dessa tentação à submissão. A personalidade V do Eneagrama fica bem próxima de uma condição esquizoparanoide em suas manifestações mais crônicas. O desapego patológico que aparece em graus leve, moderado e crônico dá indícios de comprometimentos do núcleo psicótico. No nível inconsciente a ganância visa basicamente esvaziar, secar e devorar o seio, ou seja, seu objetivo é a introjeção destrutiva ao passo que a inveja não apenas procura roubar dessa maneira, mas insere também uma maldade. Trata-se de um tipo de pessoa excessivamente amargurada e para quem tudo está de certo modo estragado. E, para pessoas deste tipo, tudo isso não é necessariamente óbvio, ele pode manifestar alegria e uma atividade hipomaníaca como uma forma de escapar da tristeza.

Wilhelm Reich e a Orgonomia

Portanto, a partir dessa constatação, a Psicologia Corporal se propõe a trabalhar com os indivíduos em seus aspectos físicos e emocionais. Desse modo, possibilita uma flexibilização ou até mesmo eliminação das couraças de forma que a energia possa circular livremente. Por consequência,  a pessoa se sente mais saudável nos aspectos físico, energético e emocional. Utiliza-se de movimentos corporais, o paciente expressa seus sentimentos e traz à tona suas lembranças e sensações que ficaram registradas durante sua história. A importância da consciência corporal segundo Wilhelm Reich é fundamental para o desenvolvimento pessoal e o bem-estar. Por meio de suas técnicas terapêuticas, Reich demonstrou como a conexão mente-corpo é essencial para a saúde emocional e física. Seu legado na consciência corporal ainda é relevante nos dias de hoje, com muitas práticas terapêuticas baseadas em seus ensinamentos.

A clínica pulsional de Wilhelm Reich: uma tentativa de atualização

Cada ponto significa uma personalidade, segundo os estudos do Eneagrama, atribuído então 9 personalidades básicas. O vocábulo Eneagrama vem do Grego, ENE (ennea) que significa o número nove; e Grama, também do Grego (grammos), como traço ou marca, ou seja, nove traços ou nove personalidades. A Terapia Breve Reichiana apresenta-se como um método eficaz em medidas e projeta uma forma de continuação utilizando um novo conceito o de intrapsicoterapia.

  • Ao trabalhar com o corpo, o terapeuta busca identificar e liberar as tensões físicas e emocionais acumuladas, permitindo que o indivíduo encontre maior equilíbrio e bem-estar.
  • Reich desenvolveu a teoria somática que afirmava que a mente e o corpo não podem ser separados, e que traumas e bloqueios emocionais se manifestam no corpo.
  • Reich formulou o conceito de democracia do trabalho, uma forma natural de organização social na qual as pessoas cooperam harmonicamente para favorecer suas necessidades e interesses mútuos, e tentou efetivar esses princípios no Instituto Orgon.

De que maneira Wilhelm Reich abordou a relação entre corpo e mente?

Reich acreditava que o silêncio do paciente durante a terapia era uma forma de resistência, uma defesa para proteger a couraça muscular e evitar a expressão das emoções reprimidas. Ele via o silêncio como uma barreira que impedia a liberação da energia vital e a cura emocional. Para Reich, a análise corporal era fundamental para identificar e trabalhar com essas defesas e ajudar o paciente a restaurar a espontaneidade emocional. Wilhelm Reich contribuiu significativamente para a compreensão da relação entre a mente e o corpo. Sua abordagem inovadora na Psicanálise de Reich destacou a importância do corpo na formação da personalidade e no processo terapêutico. Ele demonstrou que traumas, emoções reprimidas e padrões de comportamento podem se manifestar fisicamente no corpo, e que liberar essas tensões e bloqueios através de técnicas terapêuticas pode levar a uma transformação profunda.

Qual é o legado de Reich na consciência corporal?

Sua abordagem holística, que considera corpo e mente como partes inseparáveis, trouxe insights valiosos para a prática terapêutica e continua a inspirar estudiosos e profissionais da saúde mental. Reich descobriu que as tensões crônicas servem para bloquear o fluxo de energia subjacente às emoções mais intensas. A couraça impede que o indivíduo experimente emoções fortes e, portanto, limita e distorce a expressão de sentimentos. As emoções deste modo bloqueadas não são eliminadas, pois jamais podem ser completamente expressas. Segundo Reich, um indivíduo só se liberta de uma emoção bloqueada experienciando-a de forma plena. Reich escreveu que caracteres genitais trabalharam sobre o complexo de Édipo, de maneira que o material edipiano já não é mais tão intensamente carregado ou reprimido. O superego, para ele, tornam-se “sexo-afirmativo”, portanto o Id e o Superego passam a estar em harmonia.

Como as teorias de Wilhelm Reich influenciaram a psicanalise?

Infelizmente, só uma fração muito pequena de nossos pacientes é capaz de análise desde o princípio; a maioria deles adere às regras básicas só depois de as resistências terem sido dissolvidas com êxito. A Análise Corporal, formulada por Wilhelm Reich, estuda como bloqueios emocionais afetam o corpo físico, formando o que ele chamou de "armadura muscular". Reich identificou que as defesas psicológicas de uma pessoa, desenvolvidas em resposta a traumas ou repressões, podem levar à formação de traços de caráter específicos. Estes traços são padrões consistentes de comportamento e atitude que uma pessoa adota para lidar com as demandas de seu ambiente e experiências emocionais.

Encontramos bloqueios de 1º nível, onde o medo impõe uma forma de olhar distorcida da realidade, projetando seus medos através de uma vigília constante do meio onde está inserido. Ainda no nível 3, uma necessidade de controle de tudo o que se coloca a sua volta, já que não pode confiar em si mesmo. Nos níveis 4º e 5º encontramos bloqueios por sua ambivalência e dúvidas, mostram o Eu enfraquecido, peito infantil e ação fraca. Um elevado índice de ansiedade ligada ao medo, trás o bloqueio do diafragma, expondo pernas fracas e dificuldade de ação. Por isso, quando o narcisista tem sua vaidade ofendida, reage com frieza, sadismo e agressividade. A determinação em vencer está mais baseada no medo do fracasso do que na própria recompensa que irá obter por lutar e vencer. A busca compulsiva do prazer sustenta naturalmente a persona alegre dos indivíduos histriônicos, com seu suposto contentamento e animação.


O mesmo acontece com a postura deitada que, em alguns momentos, pode ser sentida pelo paciente como algo ameaçador que vai precipitá-lo num abismo desconhecido. Em outros, o tratamento pode fluir melhor ao optar-se pela inserção do contato visual e/ou da postura sentada. Sempre partindo de uma leitura psicodinâmica do que está acontecendo com aquela pessoa, naquele momento e dentro de qual vivência transferencial específica. Isso indicaria a necessidade de uma postura mais prudente por parte do analista, no sentido de que tanto a ativação da pulsão quanto a eliminação das resistências deveriam ser feitas gradualmente, sem afobações, dentro do que é assimilável pelo paciente. Um dos recursos básicos das instâncias recalcadoras parece ser a diminuição da vitalidade geral do organismo, sendo comum verificarmos isso nos neuróticos. Um dos meios utilizados pelo organismo para tal fim - e que é da maior importância clínica - é a inibição respiratória. Muito se tem escrito sobre o papel da inibição respiratória na desvitalização do organismo e no bloqueio emocional (Gaiarsa, 1987, 1994; Keleman, 1992) e, aqui, percebemos como isso pode ser compreendido psicodinamicamente.
As 9 personalidades, segundo o Eneagrama, possuem paixões energéticas básicas (medo, raiva e ansiedade), que podem ser definidos por bloqueios caracterizais análogos aos de Wilhelm Reich. Através do trabalho desenvolvido por Reich, Navarro e Lowen é possível fazer uma intersecção das Couraças Reichinanas e os tipos psicológicos do Eneagrama e propor terapias breves para o desbloqueio e melhor circulação energética do indivíduo. Além desses (pós-reichianos), outros autores se destacaram com a inserção de novos conhecimentos teóricos e técnicos aos trabalhos iniciais de Reich, sendo, portanto, considerados neorreichianos. Dentre eles, os que mais se destacaram foram Alexander Lowen e John Pierrakos, que juntos criaram a chamada Análise Bioenergética. O aprendizado depende, em geral, de uma atenção consciente, que permite um desenvolvimento e aprimoramento do movimento e da capacidade de ação. Os aspectos abordados a seguir configuram uma visão da clínica estruturada com base na noção de resistência, procurando articular o manejo dos vários graus e das diversas formas de ocorrência da mesma.

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Pub: 20 Jun 2024 06:33 UTC
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